A ministra da Administração Interna afirmou que “Portugal é dos países mais seguros do mundo” e que “apesar de alguns terem vaticinado o aumento da violência, no início do programa de ajuda externa, tal não se verificou”.
Anabela Rodrigues, que participava, em Lisboa, num almoço de empresários organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, sublinhou que de acordo com diversos estudos e indicadores internacionais, Portugal é dos países mais seguros do mundo.
E adiantou que “o início deste programa [de ajuda externa] levou alguns a vaticinar um inevitável aumento da violência e do crime, mas findo o programa podemos dizer que nenhum dos cenários catastrofistas se materializou”.
Segundo a governante, “a criminalidade geral e a criminalidade violenta e grave têm vindo a descer de forma ininterrupta e consistente desde 2008 e 2013 foi mesmo o melhor ano dos últimos 10, no que respeita à queda da criminalidade participada em Portugal”.
Os dados apurados relativos a 2014 “são muito animadores e parecem comprovar esta tendência de queda assinalável e continuada da criminalidade”, realçou ainda.
Para Anabela Rodrigues, a redução da criminalidade deve-se “à maturidade cívica dos portugueses e ao seu inabalável sentido de responsabilidade e deve-se também, e muito, ao profissionalismo, ao espírito de missão, à dedicação e ao brio das forças de segurança nacionais”.
No almoço com empresários portugueses e espanhóis, a ministra da Administração Interna aproveitou para realçar a importância da segurança no desenvolvimento da economia.
“Segurança e economia são dois bons exemplos de sectores onde Portugal e Espanha, em conjunto, têm muito a ganhar”, salientou.
“Num momento particularmente difícil da história dos países ibéricos, a aposta na segurança como vector estratégico da recuperação económica revelou-se da maior importância”, sublinhou a ministra.
“As condições de segurança em Portugal contribuíram para o crescimento assinalável do turismo, uma área crucial para a economia portuguesa e, desta forma, a segurança apoiou o espírito de iniciativa e o investimento dos empresários no sector”, exemplificou.
A responsável pela pasta da Administração Interna defendeu também que “os bons resultados de Portugal em matéria de segurança têm um papel central noutras dimensões da economia, nomeadamente para a reputação e credibilidade externas do país, que têm relevo para a captação de investimento directo estrangeiro e para as condições de financiamento externo de Portugal”.